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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dica dada pelo amigo e estudante de psicologia: Lucas Valentin Ramirez.


XVIII – ANO DE PALESTRAS GRATUITAS - (2011)

Inscrição: 1Kg de alimento não perecível em prol de Entidades Sociais.


“ENFRENTAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS – LIMITE E SAÚDE MENTAL”


Eliane Azevedo (CRP. 6/ 92.485) - 25 de Outubro (terça-feira) - 19h30

Inscrições somente pelos telefones:

(11) 5579-2920; (11) 5572-1331; (11) 5572-9454 e FAX: (11) 5579-1050.

Fornecemos Certificados de Participação

Rua: Dr. Neto de Araújo, 363 – Vila Mariana - SP - www.psicom.com.br


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Link

Novo Portifólio Artístico desenvolvido
visite (clique na imagem acima)


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29ª Jornada de Psicanálise - O Corpo e suas Diferentes Abordagens

O Instituto Tempos Modernos (ITM) é uma instituição sem fins lucrativos onde se realiza a prática de psicanálise e sua transmissão através de atendimentos psicanalíticos, supervisões, dispositivos clínicos, cursos, seminários, jornadas, congressos e publicações.

Desde 1996, o ITM realiza Jornadas nacionais e internacionais. Este ano - 2011 - escolheu tratar de um assunto de suma importância: "O Corpo e suas Diferentes Abordagens"

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Pequenos trechos, por ordem de palestrantes: (1)Susana Amalia Palacios (argentina), (2)Natália Barbieri (roupa branca), (3)Paulo Paiva Baisi (no palanque), (4)Neusa Lais Coelho (concentrada em seu texto), (5) Regina Teixeira (idosa, cabelo grisalho) , (6) Diogo Bogea (barbudo carioca), (7)Patrícia Delboux (moleton xadrez rosa) , (8)Dulci N. Fonseca ( cabelo longo), (9) Andreneide Dantas (vestido verde), (10)Sérgio Braghini (moleton vermelho), (11)Eliane Amaral (topete curto grisalho) - (video acima - coloque o fone de ouvido para ouvir melhor!).


"...Bacana, mas vem cá, como é que foi lá?"

Primeiro dia da 29. Jornada de Psicanálise, o corpo e suas diferentes abordagens do dia 20 de Outubro de 2011.


Este evento foi gratuíto, havia necessidade de fazer inscrição pelo endereço virtual que o ITM forneceu para divulgação. No dia do credenciamento, havia possibilidade de colocar o nome sem estar inscrito para receber a certificação de participação. Para os dois dias, teria dois certificados, sendo datado os dias e não as horas. Quem participou ganhou uma sacolinha da jornada, caneta e muitos folhetos de eventos e mala direta e um bloco de notas.


Havia mutos alunos da São Judas, o que é bem normal, se fosse na minha faculdade, provavelmente estaria lá, também em peso a turma da psicologia Uniban. Notei que havia muitos(as) argentinos(as) psicanalístas (boa parte fazendo muitas perguntas aos palestrantes e apontamentos para o público presente). Achei as palestras da Jornada bem interessante, porém achei muito curto o tempo disponível para cada palestrante, portanto alguns discurssos acabaram (ao meu ver) ficando fragmentados pelo caminho, pois não se finalizava (isto é, não dava um desfecho) ou eram repetinamente finalizados pelos "finalmentes", justamente pela falta do tempo que havia se excedido. Achei suficiente ter participado de apenas um dia e não por dois dias como programado...

A entrada da Unidade Bresser da Faculdade São Judas, onde ocorreu o evento (foto acima).

As primeiras palestras (10:30 ás 12:00h), Marília Viana Berzins foi substituída (motivo: trabalho inesperado) pela psicanalísta Natália Barbieri com sua Tese de Mestrado que se tratava de um caso clínico de uma senhora de 80 anos que havia sofrido AVC e acabou desenvolvendo alguns transtornos psíquicos/físicos (gemidos frequentes, sentimento de desamparo, arranhar a face ( tortura, "o corpo que trai")). Durante o discurso muito curto fez alguns apontamentos significativos como o uso do "toque de Borboleta" (toque suave, Reich) na paciente, pois a palavra não dava mais conta no atendimento clínico ( foi a palestrante mais perguntada durante as perguntas abertas no final da palestra). Na segunda palestra foi a vez do Dr. Paulo Paiva Baisi, que abordou de forma concreta, direta a velhice de forma clínica, fisiológica e social. Uma curiosidade que achei interessante é que é a partir dos 30 anos é que acontece o processo de envelhicimento em um indivíduo. Por último foi a vez da psicanalísta Neusa Lais Coelho, que deixou muito a desejar, apenas leu seu texto. Ficou "mergulhada" em seu próprios pensamentos (não trocou "figurinha" com o público). Ela abordou um comparativo sobre uma criança que se estranha com seu corpo na adolescência sendo desenvolvida com um adulto que estranha seu corpo em mudança para a velhice ( achei interessante o tema).

Fachada do Faculdade São Judas (foto acima).

A segunda "bateria" de palestras retornaram ás 13:40h. A psiquiátrica e psicóloga Regina Teixeira praticamente ficou lendo seu texto, não discursou sobre o tema, na qua achei muito "apagado". Em seu texto abordou sobre o corpo convocado pela estética e pela abstração do corpo que o graduando em medicina até a sua fase profissional o trata. Na segunda palestra, o filósofo carioca Diogo Bogea discursou muito bem sobre a questão do "eu", de quem sou eu? Sob visão de grandes filósofos como Descartes, Schopenhauer e Nietzsche . Falou sobre a diferenciação do núcleo sólido imutável de quem acreditamos que somos com a impermanência do corpo (delimitações e suas diversas transformações com o tempo) = uma singulariedade única – caos estático que se mantêm – pensar no eu como multiplicações de fenômenos. Soube cativar o público, pois falava de forma descontraída e com propriedade. A próxima palestra, a psicanalístaPatrícia Delboux abordou textos de autores (dentre eles, Espinola) sobre corpo e mente. Relatou um caso clínico de uma jovem que acompanhou um namorado com câncer até seu falecimento. As problematizações com a falta de luto, desenvolveu psicopatologias e atualmente está em tratamento psicoterápico. Encurtou bastante seu discurso pela falta de tempo. Na útima palestra, a bióloga geneticísta e professora Dulci N. Fonseca falou sobre aconselhamento génetico para casais, mostrando principais causas, entre elas: distrofia muscular, casal consanguíneo, anemia falcíforme, fibrose cística, imcompatibilidade do rh, gravidez de alto risco, síndrome fetal alcóolica, toxoplasma, rubéola, entre outros. Falou sobre a importância da parceria com a psicologia no tratamento e combate do adoecimento destes diagnósticos. Discursou muito bem, foi dinâmica com a pláteia, obtendo muitas perguntas no final da palestra.

Recepção na frente do Auditório da São Judas para credenciamento (foto acima).

Ás 15:40h, se início da última sessão de palestras. A psicanalísta Andreneide Dantas falou sobre símbolos significantes (pulsões), do corpo simbólico representado pela linguagem (foi banhado por "ela") - (construção da criança). Falou sobre maturação biológica (crianças que não falam, que não tem discursso familiar para com ela) . O que foi discutido: "pelo olhar eu sei o que ele quer, quando ele olha eu sei que ele quer comer", por isso não se deixa o discuso para que ele possa se expressar – mãe não olha para os olhos do filho – adolescencia = estágio do espelho = momento no colo do adulto, não se olha para si, mas para o olho de quem a segura: "estou pronta?" – perda do reconhecimento corporal - psicologia do desenvolvimento – despertar sexual, fora da mãe – deliquência. Discursou bem sobre criança e adolescencia na visão da psicanálise.

Um zoom mais perto do credenciamento realizado pelo ITM (foto acima).


Na segunda palestra, a psicanalísta Maria Helena Saibt foi substituída por Sérgio Braghini, professor de graduação (quem não sabia os princípios básicos da psicanálise e pós-modernidade literalmente acabou "viajando"). Ficou lendo texto, achei maçante. Abordou conceitos de juventude. Falou sobre Freud, que este conheceu puberdade e não adolescencia. Falou sobre: contato com suas sexualidade, na época de latência – adolescencia é uma construção da modernidade (preocupação social, subjetividade moderna) – definições histórica sobre a adolescencia – ego ideal – ideal de ego. Fim da adolescencia, fim do luto – sobre pós-modernidade saturada – tecnociência na história humana sob visão de Lacan. A última palestrante do dia, foi a presidente do Instituto Mensageiros Eliane que conversou de forma franca, disse não ser psicanalísta, médica, psicóloga ou terapéuta e que faria o possível para falar na palestra sobre o tema. Houve supresa (uma expressão vocal percebida de: "Ohhhh...") por parte da platéia por saberem que não tinha nenhuma formação. Falou sobre Projetos Sociais em ONGs, principalmente sobre Abrigo, sobre trabalho social em relação á criança e ao jovem que vem com uma bagagem de violência física, pedofilia velada e prostituição. Falou sobre crianças de projetos sociais com educadores que fazem vínculos afetivos e problematizações psicológicas solucionadas nos projetos. Ao meu ver soube discutir o tema muito bem e fazer um paralelo com a relação do corpo, tema da Jornada, quer dizer que mandou bem.

Entrada para o auditório, onde aconteceu a Jornada (foto acima).

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